segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Perdidas na Selva



Uma aluna da nossa turma inventou esta história e resolveu partilhá-la com todos.

Era uma vez, uma menina chamada Raquel, que tinha duas irmãs, a Rita e a Madalena. A Raquel (a mais nova) tinha 10 anos. A Madalena (a do meio) tinha 15 anos. A Rita (a mais velha) tinha 20 anos.

Elas tinham sido tiradas aos pais, porque eles não tinham condições para viver com elas, porque nem tinham dinheiro para comprar comida para eles quanto mais para elas as três, que precisavam de comida, roupa …

Ficaram sem as filhas quando a mais nova tinha 2 anos, a do meio 7anos e a mais velha 12 anos. Então agora pode-se dizer que elas não têm casa. Foram viver para a rua, dormir debaixo das árvores.

Depois de 1 ano a caminhar chegaram à selva. Caminharam dias e noites e ao fim de 5 noites e dias, estava uma manhã linda de sol, quando elas encontraram um leão bebé preso num arbusto.

No dia seguinte, foram apanhar canas de bambú. Então construiram uma cabana com as canas e… acharam que deviam pôr alguma coisa a tapar as canas, na parte de cima.
Entre elas decidiram que ficava a Madalena já com 15 anos e o leãozinho a ver se ninguém lhes «reservava» a cabana, e que a Raquel e a Rita iam buscar as folhas.

Então lá foram elas à procura de folhas grandes para tapar as canas.

No dia seguinte, já de volta à cabana, a meio do caminho, encontraram uma cesta feita com canas de bambú, com o tamanho ideal para o leãozinho.

Na cabana perguntaram à Madalena o que ela achava de ficarem com o leãozinho:
- Acho muito bem ficarmos com ele, porque ele não tem casa, mas nós podíamos construir uma cabana para o Leo!
- Leo?- perguntaram em coro.
- Sim, porque eu estava farta de dizer «leãozinho» para aqui e para ali.
- Pode ser ! - disse a Rita - Não pode, Raquel ?
- Claro maninha. - afirmou a Raquel.
Então a Rita mostrou à Madalena a cesta de bambú, e esta exclamou:
- Uau! Onde é que vocês arranjaram essa cesta maravilhosa?
- Nós encontrámo-la e reparámos que ela tem o tamanho ideal para o Leo. - disse a Rita.
- E tem mesmo… - começou a Madalena - o Leo adorou a cesta, mas o melhor é que ele a adora!
- Sim, lá isso é verdade. - afirmou a Rita
- Então? Nós também temos que comer. - rematou a Raquel- Desta vez vai a Madalena e o Leo buscar a comida.

Lá foram eles a cantarolar:
Como é bom viver na selva , Sem testes p´ra fazer. Nós apenas temos saudades dos nossos pais…

Os animais da selva saíram das suas tocas para escutar a canção que eles próprios começavam a cantar.

A Madalena, de repente, viu o Leo a sair disparado contra dois leões ferozes, e assustada, gritou-lhe:
- Leeeeeooooo, nãããããooooo, volta aquiiiii !!!!!!
Mas o Leo já estava em cima dos leões.

A Madalena pensou que este era o fim do pobre leão bebé mas… Quando olhou, viu que o Leo estava todo contente ao pé daqueles leões e percebeu que aqueles eram os pais dele.

Voltou triste para casa, mas ao mesmo tempo feliz.

Contou às suas irmãs o que tinha acontecido com o Leo, e juntas decidiram que iam lá ter com ele e só se iam despedir, sem choradeiras, porque o Leo estava feliz e elas não podiam estragar a sua felicidade. Foi o que fizeram, despediram-se dele e foram-se embora cabisbaixas. Mas quando se iam embora, ouviram a mãe do Leo a rugir baixinho, mas não perceberam o que ela lhe dizia. Foi então que a Rita (“a pró” em animais da família) sentiu uns bigodes a roçarem-lhe nas pernas, voltou-se, viu o Leo e baixou-se:
- rhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa - ouviu ela e disse às irmãs:
- Ele disse-me que encontrou os nossos pais, e que quando os viu teve medo e fugiu…
- Então foi por isso que nós o encontrámos preso num arbusto…
- Deve ter fugido tão depressa que não teve tempo de se desviar do arbusto.
- Mas voltando ao que interessa, Rita pede-lhe que nos leve até aos nossos pais.

A Rita assim o fez obedecendo à irmã mais nova. O Leo guiou-as até aos pais, que as esperavam impacientes. O reencontro total. Quase que não se reconheciam depois de tantos anos que estiveram separados.

Resolveram ficar a viver na selva com o Leo e a sua família, vivendo em harmonia para sempre.

4 comentários:

Anónimo disse...

Joana muitos parabéns. Gostei muito da tua história, continua a escrever pois quem sabe se um dia editas um livro?
(mãe da Filipa)

Anónimo disse...

Eu gostei muito da história da Joana está muito gira.
Adorei a história da Joana.
Beixinhos Joana.
Cláudia Marques

Anónimo disse...

Raquel Monteforte, A Historia e engraçada

admiradora do blog

Anónimo disse...

devias fazer um filme com essa história.

o blog está espatacular!