terça-feira, 2 de novembro de 2010

A maratona mais louca do mundo

Era uma calma manhã de quinta-feira, de Julho. Como de costume eu [o Geronimo] ia apanhar o autocarro para ir para o Diário dos Roedores, onde trabalho. Quando cheguei à paragem já o autocarro tinha partido e tive de fazer uma corrida para o apanhar, mas fiquei sem fôlego. Então exclamei: “Bolas, estou mesmo em má forma”.

Quando entrei no escritório encontrei: a minha irmã Tea a andar de mota, o meu primo Esparrela a comer uma sandes toda feita com mozzarela e o meu sobrinho Benjamim … não sei a fazer o quê.

De repente entrou no meu escritório um velho amigo chamado: Rataldo Rock. O Rataldo disse que não sabia que eu ia entrar na maratona mais louca do mundo. Eu achei que ele estava a gozar comigo, porque eu não me tinha inscrito na maratona. Mas ele mostrou-me a ficha de inscrição e estava, mesmo, lá escrito o meu nome.

Então ele disse logo: “Tens que fazer 5 horas de treino intensivo todos os dias, começando agora”. Fui logo para casa vestir o fato de treino para começar a treinar, mas passado meia hora já estava todo partido. Então perguntei ao Rataldo se podia comer uma sandes com mozzarela extra e ele exclamou com uma voz mandona: “Guloseimas não, só vegetais e peixe.” Nesse momento desmaiei e tiveram que chamar o 112. Quando acordei no hospital tinha o Rataldo à minha espera. O malandro disse-me logo: “Vamos continuar o treino”. Mandou-me para o ginásio levantar cem, duzentos e até trezentos quilos.

Na manhã seguinte o Rataldo acordou-me às 6 da manhã para ir ver os desportistas que estavam no campo de jogos a treinar. Eram tantos que eu quase ia desmaiando outra vez.

Voltei para o meu bairro para dar 50 voltas ao quarteirão e subir as escadarias enormes da biblioteca.

Mas só passados 20 dias é que consegui fazer o exercício inteiro sem desistir. Fiquei tão contente que era capaz de matar o meu avô naquele preciso momento.

Quando o treino acabou o Rataldo disse que agora era hora de ir para o outro lado da ilha dos ratos para a maratona. Tínhamos que estar lá um dia mais cedo e não podíamos correr qualquer risco.

Quando chegamos fui logo para o hotel dormir. Assim, no dia seguinte estaria com muita energia para a maratona.

Chegou o grande dia. Eu ia preparado para a maratona e quando cheguei já estava lá muita gente. Não tardou muito até darem o tiro que anunciava a partida.

Passei por muitas dificuldades, mas no fim da maratona consegui vencer. Medalharam-me a mim e aos outros 2 vencedores e no fim cantaram o hino de Ratázia em nossa honra.


O hino de Ratázia

Mil caudas se erguem orgulhosas,

mil vozes guincham em coro,

mil bigodes vibram audazes,

mil patas levantam

tua bandeira amarela.

Sob a pelagem

mil corações por ti batem,

ó doce, doce Ratázia…



João Pedro Centeno

Sem comentários: