sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O amor faz-te mal, Valentim!”

Esta é uma história de uma família de vampiros “nem por isso”...

Passaram muitos dias desde que venderam a casa à família do Valentim. Um dia foram morar para o Porto, para uma casa antiga e abandonada. Mal chegaram a casa, foram logo dar um passeio pela cidade.
O Valentim só pensava na sua antiga namorada que se chamada Beatriz. Resolveu ir visitá-la à sua antiga escola e oferecer-lhe uma caixa de bombons de chocolate, mas nem assim ela acreditou que ele existia e foi a correr para o seu novo namorado.
Um dia o avô e a Dentinho foram ao centro comercial, a Dentinho viu um cartaz a anunciar um filme de vampiros chamado “Drácula, o príncipe das trevas”, e decidiram ir ver o filme.A meio do filme a Dentinho começou a gritar várias vezes:
-Não é nada disto!Os vampiros não são assim.
Um senhor que estava à frente da Dentinho estava sempre a mandá-la calar,a certo momento a Dentinho enervou-se e deu uma mordidela no pescoço do senhor, o que gritou com ela:
- Um vampiro mordeu-me no pescoço!
E toda a gente começou a rir do senhor. E assim o avô e a Dentinho escaparam da sala do cinema. No caminho para casa o avô pôs-se a gritar com a Dentinho perguntando-lhe porque é que gritou aquilo a meio do filme.
Algumas semanas depois, houve a conferência “Os vampiros existem”, onde foram mostrados cinco caixões vazios no cemitério de Vivalma. Quando o avô chegou ao local onde se realizava a conferência pensou se haveriam outros vampiros como eles. Alguns minutos depois, o avô reparou que os caixões eram da sua família e começou a correr, tropeçando num dos fios dos aparelhos que ali se encontravam.
O assistente de Mil-Homens reparou que era o avô e desatou a correr atrás dele mas a meio do caminho, Medronho tropeçou no pé de uma pessoa e o avô conseguiu escapar.
Enquanto Mil-Homens conversava com os seus adversários mais ferozes, um da fila da frente perguntou:
- E provas?
Entretanto ouviu-se noutra fila:
- Sim, onde estão as provas científicas? Temos estado aqui a ouvir histórias da carochinha...
E Mil-Homens disse:
- Os caixões deles, no cemitério de Vivalma estão vazios. Não viram as fotografias?
E outra pessoa a meio da sala gritou:
- Ora, isso é uma prova invisível. Arrange qualquer coisa que se veja.
O homem da primeira fila, a rir-se muito alto, disse:
- Isso é uma prova? Um pedaço de chouriço?
Mil-Homens respondeu:
- São chouriços sem alho. Chouriços caseiros, feitos por uma mãe para sustentar a sua família de vampiros.
Alguém, que não se soube quem era, disse a Mil-Homens:
- Tu é que és um chouriço!
Toda a sala começou a rir e a atirar coisas contra Mil-Homens. Atiraram um isqueiro, um maço de cigarros, uma banana, um jornal, um livro, um corta-unhas, um guarda-chuva e até uma caixa vazia de cartão.
No final, Mil-Homens ficou muito triste mas nunca desistiu de encontrar provas da existência dos vampiros e do seu sonho de os caçar como o seu pai fazia. Mas principalmente, livrar-se duma senhora que gostava dele chamada Glória, por ser muito chata e irritante.

Renato Pedrosa

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